Cento e cinco trabalhadores da Malhacila, em Mangualde, foram despedidos, na passada quinta feira, a meio de um dia de trabalho normal. Embora os sinais de instabilidade laboral fossem premonitórios de tal desfecho - emagrecimento gradual do número de trabalhadores e subsídios de férias e de Natal atrasados -, a decisão da Administração apanhou toda a gente de surpresa.
Ontem, ao início da tarde, após terem passado pelos serviços locais do Ministério do Trabalho para tratar do subsídio de desemprego, alguns operários juntaram-se, à frente da empresa, com a disposição expressa de não deixar sair ou entrar quem quer que fosse.
Na próxima segunda-feira, dia em que o Sindicato dos Trabalhadores da Beira Alta (STBA) irá promover um plenário de trabalhadores para avaliar a situação e definir possíveis soluções, a Malhacila avançará com o pedido de insolvência judicial da empresa.
Ontem, ao início da tarde, após terem passado pelos serviços locais do Ministério do Trabalho para tratar do subsídio de desemprego, alguns operários juntaram-se, à frente da empresa, com a disposição expressa de não deixar sair ou entrar quem quer que fosse.
Na próxima segunda-feira, dia em que o Sindicato dos Trabalhadores da Beira Alta (STBA) irá promover um plenário de trabalhadores para avaliar a situação e definir possíveis soluções, a Malhacila avançará com o pedido de insolvência judicial da empresa.
1 comentário:
Olá Terreiro,
o problema das empresas portuguesas como Malhacila é que não "produzem" nada.
Um "produto" tem varios "factores".
1. ideia
2. procura materias primas
3. ideia embalagem
4. ideia comercialização, logistica, seguro
5. ideia oferta, publicidade
6. produção amostra
7. apresentação ao comprador
8. contrato de fornecedor com comprador
9. contrato de venda segundo as leis do país do comprador
Fábricas como Malhacila fazem o seguite:
Não querem ter "ideias" etc....
Só querem trabalhar "as ordens".
Esperam até que um "produtor" venha bater a porta e mande "confecionar" o produto dele (!), paga o trabalho -ainda em solo portugues !- e leva a mercadoria consigo para fora de Portugal.
A "exportação" nunca é feita ou paga pela fábrica portuguesa.
O erradamente chamado "cliente" não é cliente, sómente é importador.
Este tipo faz produtos portugueses até 7 vezes mais caros e apresenta-os aos clientes verdadeiros.
(mas dizem a mentira que culpados são os custos da mão-de-obra dos Portugueses !)
O consumidor final quer comprar qualidade mas os texteis de Portugal são caros demais....
Os clientes -que vendem directamente ao consumidor final- na Alemanha nunca receberam uma unica oferta da Malhacila ou qualquer outra empresa portuguesa!!
Não acredita ?
Pergunta:
http://www.katag.de
http://www.ek-servicegroup.de
ou qualquer destas empresas:
http://www.wer-zu-wem.de/handel/Modehaeuser.html
Todas estas empresas são "centrais" com grande poder de compra.
Pergunta se têm contactos directos com Portugueses ou pelo menos conhecem uma unica empresa textil de Portugal!
E depois vai ver !
Abraço aos trabalhadores
Konrad
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